Ingenuity faz história: o primeiro voo em Marte

Mais um marco histórico da genialidade humana na exploração espacial. A NASA confirmou que realizou com sucesso o primeiro voo de um artefato humano em outro planeta nesta segunda-feira, 19/04/2021.

O voo do Ingenuity foi autônomo. Ele voou por sistemas de orientação, navegação e controle a bordo, executando algoritmos desenvolvidos pela equipe do JPL da NASA.

Sombra do Ingenuity projetada no solo marciano quando planava a 3 metros de altura.

Como os dados devem ser enviados e devolvidos do Planeta Vermelho ao longo de centenas de milhões de quilômetros usando satélites em órbita e a Rede de Espaço Profundo da NASA, o Ingenuity não pode ser pilotado com um joystick, e seu voo não foi observável da Terra em tempo real.

Primeiro voo em Marte com o Ingenuity.

Outro fato também histórico: Na semana passada, durante os testes iniciais, um problema no software fez com que o helicóptero não conseguisse atingir a rotação mínima de 2400 rpm necessária para realização do voo. Corrigido o problema no algoritmo aqui na Terra, foi realizado o primeiro upload de uma versão completa de controle de um artefato em outro planeta, a uma taxa de transmissão de 0,4 Mbps. Depois dos testes no final de semana, o Ingenuity conseguiu atingir os requisitos, ficando pronto para o voo inaugural que aconteceu hoje.

De parabéns a NASA por mais uma missão inédita com sucesso e que, com certeza, abrirá as portas para novas missões com fins específicos de realização de sobrevoos em Marte.

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#10YearsChallenge: Os bastidores da brincadeira

O #10YearsChallenge – ou “O Desafio dos 10 Anos”, numa tradução mais livre – é mais uma daquelas febres lançadas nas redes sociais e que logo cai na graça dos usuários, iniciando uma brincadeira que pode se tornar assunto comum por semanas. Quem resiste à tentação, não é mesmo?

Lançado no Facebook – líder mundial quando o assunto é rede social – o “desafio” logo se espalhou por seus outros produtos, como o Instagram e WhatsApp. Sim! Esses produtos são do Facebook e praticamente compartilham da mesma política de uso e recursos de back-end, como suas bases de dados de usuários.

Mas será que tudo isso é apenas mais uma brincadeira para os usuários das redes sociais manterem seus posts, likes e comentários? Bom, no mínimo, vale uma reflexão a respeito do que pode estar por trás de eventos “promocionais” desse tipo ou pelo menos tomar conhecimento de uma tecnologia que está cada vez mais em voga nos últimos anos numa briga de gigantes da Internet por seu domínio: Amazon, Facebook e Google, além de outras.

 

Os avanços na identificação das pessoas

Os avanços tecnológicos permitem o aperfeiçoamento de soluções que buscam a melhor identificação do usuário. A impressão digital é um bom exemplo desse avanço.

Desde quando a impressão digital foi usada pela primeira vez em 1902 para condenar um criminoso na França, passou a ser considerada uma excelente forma de identificar o cidadão, sendo logo utilizada na emissão de carteiras de identidade. Hoje em dia, qualquer celular já conta com o recurso de “leitor de impressão digital” para o seu desbloqueio. A tecnologia avançou e hoje estamos na era do “reconhecimento facial”.

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Figura 1. Reconhecimento facial. Foto da Internet.

Atualmente a briga das gigantes está no campo do reconhecimento facial. E os avanços não param nessa área – nem também os interesses financeiros – que possui um poder de alcance em nível global a um custo de obtenção dos dados de praticamente zero para as empresas, uma vez que seus usuários fazem o trabalho naturalmente por elas.

É nesse ponto que entram as redes sociais com eventos como esse – os desafios -, além de joguinhos que pedem informações das pessoas, como seu nome, idade, local de nascimento, sexo etc., e demais produtos “gratuitos” que tanto encantam usuários inocentes do que possa estar por trás disso tudo.

 

Entenda uma coisa: Nada é de graça

Em troca de facilidades gratuitas, as gigantes do setor mantém grandes bases de dados de usuários através do reconhecimento facial – e também outros dados – e ganham muito por tudo isso. O perigo é saber se o fim justifica os meios. E no meio disso tudo está o usuário, em grande parte, desinformado.

A Amazon – uma das gigantes que mais tem avançado nesse setor – foi recentemente acusada de vender sua tecnologia de reconhecimento facial Rekognition para agências governamentais nos Estados Unidos, segundo acusação de uma organização de direitos civis americana.

Segundo essa organização, a Amazon teria desenvolvido um poderoso e perigoso novo sistema de reconhecimento facial e estaria auxiliando de forma ativa o governo americano para a sua implementação. A tecnologia da Amazon seria capaz de identificar, rastrear e analisar pessoas em tempo real, reconhecendo até 100 pessoas em uma única imagem!

A Amazon já possui lojas “inteligentes” e negocia a instalação em vários aeroportos. Essas lojas operam sem a presença humana do caixa e qualquer pessoa pode simplesmente entrar, pegar o produto e sair da loja. Sua tecnologia utiliza-se do reconhecimento facial – além de outros dados – para identificar os clientes, sendo o bastante entrar, pegar o produto e sair. Tudo ficará registrado automaticamente e a cobrança será realizada naturalmente no cartão de crédito ou débito. Isso é que é confiança na sua tecnologia de identificação de pessoas, não acha?

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Figura 2. Aspecto de uma loja inteligente. Entrou, pegou, saiu. A cobrança é automática. Foto da Internet.

E quanto ao Google? Muitos afirmam que o objetivo da empresa é dominar o mundo com seus produtos “gratuitos” de tecnologia, envolvendo os usuários – que passam a colaborar com o processo sem perceberem – para em seguida obter os lucros às custas das informações captadas. É o preço que se paga.

O Google Photos é um bom sinal de como a empresa alimenta – sem qualquer esforço – sua base de dados de reconhecimento facial a partir do trabalho de seus usuários. Funciona mais ou menos assim: dou espaço ilimitado e “gratuito” na nuvem para que você não ocupe a memória de seu celular com milhares de arquivos de fotos e vídeos e você me dá as fotos devidamente marcadas com nomes das pessoas, local, circunstâncias e outros detalhes.

O Google diz que sua tecnologia de reconhecimento facial não está à venda, pelo menos por enquanto. Se você acredita no Google… Eu não!

Realmente não há serviço gratuito na Internet – e nem em lugar algum. Tudo tem um custo. Nada contra, se você realmente sabe onde está metido e não se importa com isso. O pior é a ignorância do usuário em não imaginar que as coisas estão acontecendo em segundo plano e que ele faz parte desse processo. O usuário não tem o hábito de conhecer, antes de usar. Não lê sequer o resumo da política de uso e privacidade, o que deveria ser um hábito natural e de pura sensatez.

 

Reconhecimento facial: Conhecimento x Sensacionalismo terrorista

Esse debate sobre “reconhecimento facial” foi reacendido nesse início de janeiro de 2019 quando uma comitiva de deputados brasileiros visitou a China, em atendimento a um convite daquele país, onde foi apresentado um sistema de vigilância por reconhecimento facial. Ora, logo a China, onde seus produtos – em especial os de vigilância – são alvos de desconfiança e perseguição em diversos países do mundo, culminando até mesmo com a prisão de altos executivos da empresa de tecnologia chinesa Huawei por adicionar chips não declarados e em eletrônicos vendidos em todo o mundo com o fim de espionagem.

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Figura 3. Identificação das pessoas e seus gostos: uma briga de gigantes pelo poder da informação. Foto da Internet.

Sistemas como esses da China, que são “vendidos” como simplesmente “câmeras de segurança”, na verdade fazem parte de todo um ecossistema de software que permite tanto o reconhecimento facial quanto a análise e cruzamento de dados colhidos por outros sistemas, podendo até mesmo obter dados sobre as emoções das pessoas em relação às atividades em que elas estão desenvolvendo!

 

E o tal “Desafio dos 10 Anos”?

O Facebook quer aumentar sua fatia nesse lucrativo negócio. Sua tecnologia já está sendo usada no dia-a-dia das pessoas, aqui mesmo, pertinho de nós. No Metrô de São Paulo, por exemplo, já existem painéis de propagandas com câmeras que apontam para as pessoas e não só possuem reconhecimento facial como também reconhecimento de expressões faciais, a ponto de detectar se o usuário do serviço gostou ou não do anúncio. Do resultado dessa análise os anúncios mais relevantes para o usuário, segundo algoritmos de Inteligência Artificial, começam a pipocar nas suas mídias sociais.

É lógico que muitos poderão dizer que o Facebook já tem dados suficientes de fotos de seus usuários para fazer o reconhecimento facial independente do desafio dos 10 anos, mas o que muitos especialistas de tecnologia da informação acreditam é que esse tipo de campanha, baseada em desafio, estimula a participação em massa dos usuários, o que ajuda bastante aos robôs realizarem uma melhor calibração da tecnologia de reconhecimento facial.

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Figura 4. O Desafio dos 10 Anos: você dando uma mãozinha à tecnologia de reconhecimento facial. Foto da Internet.

Ora, pense bem: em vez de o Facebook vasculhar bilhões de fotos de todos seus usuários para melhorar seu algoritmo de reconhecimento facial, por que não já receber num único post uma foto de seus usuários mostrando como está agora e como era há 10 anos? Facilita demais! Numa única análise o algoritmo de Inteligência Artificial poderá aprender sobre as mudanças faciais ocorridas em uma década na vida das pessoas. Interessante – e ao mesmo tempo assustador – não?

Podemos fugir disso tudo? Certamente não. Estamos realmente na era do big data. As empresas estão eufóricas em lucrar no que puderem com a gigantesca massa de dados que possuem das pessoas em todos os aspectos da vida: dos Apps nos smartphones às facilidades que temos com os meios digitais, como nossas instituições financeiras, nossos documentos oficiais e sites onde realizamos compras e consultas na Internet para nossas pesquisas relacionadas a estudos e trabalho etc. Não temos como evitar, mas podemos ser mais conscientes disso tudo, em vez de sermos tratados como zumbis.

E o que podemos fazer a respeito? Nem que seja o mínimo, se assim o quisermos, a partir da nossa forma de encarar tudo isso. Por exemplo: se não sou de modismo, por que entrar no tal desafio? Entendeu? Se você afirmar: “Eu não me importo com isso!”. Ótimo, então não há o que temer e aproveite a brincadeira. Mas se você não segue modismo e se perguntar: “Tem algo que eu possa fazer?”. Tem! Informe-se mais, leia a política de uso e privacidade dos produtos e serviços que utiliza. Aprenda mais sobre como personalizar o uso de seus aplicativos para que os mesmos atendam aos seus requisitos de privacidade, se esse é o seu objetivo.

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Figura 5. Como configurar a opção de Reconhecimento Facial do Facebook.

Na era da informação é muito importante se manter informado. Não usar um produto – em especial aplicativos e serviços online – sem conhecer sobre o seu desenvolvedor, sua política de uso dos dados obtidos e sua política de privacidade. Também é importante personalizar o aplicativo às suas exigências o quanto possível. E o mais importante: saber que tudo na grande rede é passível de rastreamento, então usar seus recursos com consciência e moderação não faz mal a ninguém.

Controlando sua privacidade no Facebook

Há seis anos eu postei, neste mesmo blog, um artigo sobre de quem seria a culpa pela exposição de nossa privacidade. Um artigo abordando como a principal rede social da época era tão desconhecida por seus usuários quanto ao aspecto de sua privacidade. Veja o artigo da época aqui!

Ontem, de uma conversa por telefone com meu grande amigo Elvis, entre tantos assuntos, num momento falamos sobre como as redes sociais podem ajudar na manutenção de contatos entre amigos – e também conhecidos – quando não os temos mais no nosso convívio diário, principalmente por não morarmos mais na mesma cidade, estado e até mesmo país.

De seu receio sobre as implicações de publicações – em parte pelo desconhecimento dos recursos que tais ferramentas dispõem àqueles que desejam manter suas postagens sobre controle – veio-me a ideia de criar um tutorial básico para auxilia-lo na boa utilização de uma das mais usadas redes sociais do momento: o Facebook.

Do tutorial exclusivo nasceu a ideia desse artigo-tutorial, ou uma espécie de passo a passo no manuseio dos principais ajustes do Facebook para o controle de privacidade, pois assim poderia atingir a outros interessados no tema. Seis anos depois, volto ao tema. Então, vamos progredir?


O objetivo do Facebook

A primeira coisa que temos que entender que é o objetivo do Facebook é conhecer você. E que também você conheça os outros. E que os outros também conheçam você. É o objetivo da rede social: Compartilhamento. Compartilhamento de ideias, de fotos, de vídeos, de locais, de preferências etc.

Mas podemos ter controle sobre isso, de modo a usar a rede social conforme nossos propósitos: simplesmente conversar com amigos; assinar canais de conteúdo de seu interesse apenas para ler as notícias, sem interesse em interagir; postar conteúdos pessoais; comerciais; criar grupos fechados ou abertos de discussão sobre um determinado tema; enquetes; divulgação de vídeos e até mesmo transmissões de vídeo ao vivo – as famosas live.


Então, o que é obrigatoriamente público e visível a todos no Facebook?

De forma direta e objetiva: a área do cabeçalho de sua página e a sua imagem de perfil de usuário – vejam as setas na imagem abaixo.

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Figura 1. Área de cabeçalho e imagem de perfil de sua página no Facebook.

O que você publicar como sua imagem de cabeçalho – essa imagem maior, de aspecto retângulo na horizontal – e como sua imagem de perfil – essa imagem de aspecto quadrado, no canto inferior esquerdo – poderá ser visto por qualquer pessoa, conhecida sua ou não, desde que procure por “Seu Nome” no Facebook.  Reparou né? “Seu Nome” aqui indica o nome que você se deu na rede social, sendo apresentado ao lado de sua imagem de perfil.

Então, resumindo: Seu nome de usuário, sua imagem de perfil e sua imagem de cabeçalho são os três elementos de visibilidade pública no Facebook. Para qualquer usuário e até mesmo pra quem nem é usuário do Facebook.

Nessas condições, considerando que nosso usuário fictício “Seu Nome” tenha restringindo seu conteúdo no Facebook apenas para seus familiares, amigos e conhecidos, o máximo que um “estranho” poderia obter dele no Facebook seriam os três elementos que citei acima: o nome do usuário, sua imagem de perfil e sua imagem de cabeçalho, indicados pelas setas vermelhas, conforme imagem a seguir.

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Figura 2. Aspectos exclusivamente públicos de uma página pessoal no Facebook.

Já podemos, então, tirar nossa primeira conclusão, dependendo da intenção de cada um na rede social: definir seu nome de usuário, escolher sua foto de perfil e definir sua imagem de cabeçalho. Por mais reservada que seja a pessoa, definindo bem esses elementos, não estará “exposta” a quem não pertença ao seu ciclo restrito de intenções na rede social.

Outro aspecto que merece destaque: a barra horizontal do menu de opções, abaixo da imagem do cabeçalho

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Figura 3. Aspecto da barra de menu de opções do Facebook.

Cada opção dessa barra leva a uma área do Facebook. Na imagem acima, o destaque está na opção “Linha do Tempo”, que é onde são mostradas suas postagens. Depois temos as opções “Sobre”, que fala um pouco sobre você, seu trabalho, onde estudou etc. Na sequência vem as opções “Amigos” e “Fotos”, além de outras representadas na opção “Mais”.

Reparem que na imagem da figura 3 acima, nenhuma das opções trás informações extras. Em condições “abertas” de privacidade a opção “Amigos”, por exemplo, estaria mostrando na frente o número de amigos que “Seu Nome” possui, mesmo para quem não é seu seguidor na rede social (veja essa mesma barra de opções na imagem da figura 1).

Pois bem, na imagem da figura 3 o dado não aparece devido ao controle de privacidade adotado. O mesmo ocorre com as demais opções: Sobre, Amigos, Fotos etc. Mesmo clicando nessas opções, nada será revelado sobre você, se assim você definiu que queria.

Acho que já deu pra entender né? Tudo isso que foi mostrado nas imagens acima é o máximo que se pode ver de alguém no Facebook que definiu suas opções de privacidade para um grupo restrito de pessoas de seu interesse, desmistificando que tudo no Facebook é aberto a qualquer pessoa e ao mundo.  Tudo vai depender de seu perfil de usuário e de seu interesse na rede social. Um político, com certeza, vai querer seu Facebook aberto ao máximo, ou seja, com toda visibilidade “pública”, destinada àqueles que desejam fazer uma busca na Internet por seu perfil para acessar sua rede social temporariamente, conhecer suas publicações etc. mesmo que não seja um “amigo” cadastrado na rede social.  Outras pessoas vão preferir uma rede social mais restrita a um grupo de amigos ou familiares, sem interesse numa visibilidade pública de suas postagens.  Há também aqueles que querem um pouco dos dois mundos: privacidade em alguns posts reservados aos “amigos”; abertura em outros posts para os “conhecidos”.


Então, vamos aos ajustes?

Vou te levar a conhecer os meios de fazer esses ajustes de privacidade, sem sugerir a que caminho deva seguir, afinal cada um deve ter seu interesse numa rede social.

O primeiro passo é acessar o menu de configurações do Facebook. Veja como fazer na imagem a seguir.

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Figura 4. Acessando o menu de Configurações do Facebook.

Ao clicar na opção “Configurações” será aberta uma janela com as “Configurações gerais da conta”, contendo um painel vertical na lateral esquerda com várias opções.

Duas dessas opções iremos explorar neste artigo, começando com a opção Privacidade, conforme imagem a seguir.

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Figura 5. Acessando os controles de privacidade do Facebook.

Ao clicar na opção Privacidade uma nova janela de opções surgirá. Será nessa janela que você fará os ajustes de acordo com a sua preferência. Tudo é muito claro e, portanto, vou apenas me deter às dicas e explicações sobre opções, pois os textos explicativos são bastante didáticos.

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Figura 6. Opções do controle de privacidade.

Repare que temos dois grupos de ajustes: Sua atividade e Como as pessoas encontram você e entram em contato.  Veja também que o aspecto da interface se baseia em colunas – quatro, pra ser exato – onde a primeira contém o grupo de opções; a segunda uma pergunta bem detalhada sobre o que você deseja fazer; a terceira indica como está sua configuração atual; e a quarta contém um link Editar, que age como um botão que leva você a alterar a opção atual mostrada na coluna três.  Tudo muito simples.

Vamos a um exemplo prático com a primeira pergunta sobre como você quer controlar sua privacidade, sabendo que a mesma lógica se aplica às demais questões. Veja a imagem a seguir.

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Figura 7. Definindo quem poderá ver suas publicações futuras.

Aqui o Facebook está perguntando “Quem pode ver suas publicações futuras?”. Pela imagem, vemos que a configuração acima indica “Amigos”, ou seja, apenas as pessoas que foram cadastradas na sua rede social por você poderão ver suas postagens.

E o que significa a expressão “publicações futuras”? Exatamente isso! Se você alterar o público alvo agora para algo diferente de “Amigos”, somente a partir das próximas publicações é que esse novo público alvo terá acesso às postagens. As antigas ficam protegidas.

Editando as opções para conhecer os tipos de grupos alvos podemos ter para nossas publicações, basta clicar no link/botão Editar, na última coluna, para uma nova janela de detalhamento surgir, conforme imagem a seguir.

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Figura 8. Respondendo a pergunta “Quem pode ver suas publicações futuras?”.

Agora ficou claro, né? A opção que estava antes definida como “Amigos”, pode ser alterada entre várias outras disponíveis, conforme detalhamento a seguir.

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Tabela 1. Opções de grupos de pessoas que podem visualizar suas postagens.

Retornando ao menu de Configurações do Facebook (figura 4), agora vamos abordar a segunda opção das configurações gerais do Facebook que também é importante para o controle de privacidade: Linha do Tempo e Marcações.

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Figura 9. Acessando as opções de privacidade para Linha do Tempo e Marcações.

A Linha do Tempo é área das publicações. É nesse espaço que aparece tudo o que você publica – e o que outras pessoas podem publicar na sua Linha do Tempo, se assim você desejar.

Você pode desejar que na sua linha do tempo apenas você possa publicar, evitando que outras pessoas publiquem conteúdo que possam aparecer como se tivesse sido publicado por você. Ou, você pode não se importar com isso, e deixar sua linha do tempo aberta às publicações dos amigos. É questão pessoal de preferência.

Quanto ao termo Marcações é tudo o que pode ser definido ou marcado com sendo você. Essa marcação pode ser feita por você ou por outra pessoa ou seus amigos, por exemplo.

É bem comum um amigo, ao postar uma foto com você – e os robôs do Facebook identificarem os rostos das pessoas na foto – querer “marcar” cada uma das pessoas, indicando o nome e, consequentemente fazendo um link que leva à página da pessoa marcada no Facebook, criando a sim a teia de relacionamentos, que é o objetivo da rede social.

Pois bem. Você pode evitar que isso ocorra, analisando previamente o pedido de marcação e decidindo autorizar ou não. Isso evita que você seja marcado por aí em tudo quanto é foto se não for esse o seu desejo.

Ao clicar na opção Linha do Tempo e Marcações na barra lateral vertical da área de configurações, temos a seguinte tela.

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Figura 10. Definindo as configurações de privacidade para sua linha do tempo e marcações.

Os procedimentos aqui são idênticos aos ajustes feitos na ferramenta de privacidade. Temos os grupos, as perguntas, a situação atual e o link/botão Editar para fazer a alteração desejada.

Na figura acima, a primeira pergunta – do grupo Linha do Tempo – quer saber quem pode publicar na sua linha do tempo. A situação atual está marcada como “Somente eu” (veja imagem da tabela 1 acima).  Você pode definir “Amigos”, por exemplo, caso queira permitir que seus amigos possam postar conteúdo na sua linha do tempo.

Essa é a lógica do controle de privacidade do Facebook. Perguntas e respostas.

É importante apenas entender os grupos de público alvo e fazer uma associação com seus ícones, conforme imagem da tabela 1 acima, pois em algumas telas do Facebook – principalmente em dispositivos móveis, devido ao tamanho – essas opções de público alvo são representadas apenas pelos ícones: globo terrestre, duas pessoas com cores iguais, duas pessoas com cores distintas, uma pessoa e um cadeado. Cada ícone, um grupo alvo de pessoas.

E na hora da postagem?

Bom, uma vez definidas suas configurações padrão de privacidade, você pode se perguntar: “E na hora da postagem? Se eu quiser algo diferente, tenho que voltar às configurações e ajustar tudo novamente?”. Não!

Quando ajustamos as nossas preferências de privacidade elas se tornam “padrão”, ou seja, via de regra é assim que seu Facebook irá entender que é o que você deseja.

Mas no momento exato de uma postagem temos a liberdade de definir a preferência de visualização daquela postagem específica, caso assim desejemos. Veja a imagem a seguir.

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Figura 11. Na hora da postagem você pode definir o público alvo. Por padrão estará aquele que você definiu nas configurações, mas você pode alterar especificamente para aquela postagem em especial.

Simples né? Agora você já tem uma ideia geral de como funciona o controle de privacidade do Facebook.

Logicamente este artigo não esgota todo o assunto, pois há muito mais a explorar nas diversas opções de configurações do Facebook.

É importante que você, como usuário de uma ferramenta, leia todo o manual antes de utilizar, pois só assim poderá fazer o bom uso a qual a ferramenta se propõe. E o que é mais importante: com a devida segurança!


Minhas recomendações finais

Depois de todos os ajustes você sempre pode ver como as outras pessoas te veem no Facebook.  E isso é muito simples.

Na área do cabeçalho, no canto inferior direito, há um botão chamado Registro de Atividades. Clicando nos três pontinhos do seu canto direito abrirá um menu, e nele a opção Ver como, conforme imagem a seguir.

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Figura 12. Veja como os outros usuários veem o seu Facebook.

Volte agora lá no início do artigo, na figura 2, e repare na barra preta em toda a parte superior da imagem. Ela diz: “Essa é a aparência do perfil para:” seguida de um ícone do globo terrestre seguido da expressão “Público”. Pois bem, o que você está vendo nesse momento é como qualquer pessoa verá sua página no Facebook, ou seja, amigos, conhecidos, desconhecidos, quer tenham conta no Facebook ou não! Ao lado da palavra “Público”, em destaque branco há a opção: “Ver como uma pessoa específica”.
Já entendeu né? Agora é só inserir o nome de um amigo numa caixinha de texto que vai abrir para saber exatamente como o seu amigo vê a sua página do Facebook.

Com esses simples procedimentos você será capaz de saber o quão aberto ou fechado está o seu perfil no Facebook para os amigos e para o mundo, bem como fazer os ajustes necessários para que a rede social atenda aos seus reais propósitos.

E pra concluir este artigo, dois conselhos:

Evite a postagem de fotos pessoais em alta definição.  É comum as pessoas tirarem fotos com seus aparelhos celulares e de imediato fazer a publicação.  A maioria dos aparelhos celulares de hoje oferece câmera fotográfica de boa qualidade e alta definição, algumas com mais de 8 megapixels, o que deixa uma imagem absurdamente grande.

O Facebook possui algoritmo interno para diminuir o tamanho das fotos publicadas, inclusive degradando a qualidade das mesmas – já pensou na quantidade de discos rígidos a mais que seriam necessários para publicar tudo quanto é foto e vídeo em altíssima resolução?

Pois bem, é prudente editar a foto antes da postagem, redefinindo seu tamanho, de acordo com o objetivo da foto, como por exemplo:

Foto do perfil do usuário: 180 x 180 pixels.

Imagem da capa (cabeçalho): 851 x 315 pixels.

Imagens das postagens: entre 600 e 900 pixels no lado maior já está de bom tamanho.

E por último, respeite a privacidade e a segurança de pessoas que não desejam aparecer ou serem divulgadas em redes sociais, principalmente evitando “marcar” e citar nomes de crianças em fotos, além de identificar claramente locais como a sua residência, a escola e local de trabalho e outras informações desnecessárias, pois sempre vale a regra: segurança nunca é demais!