O eclipse solar de 2023

Os eclipses solares ocorrem quando o Sol, a Lua e a Terra se alinham, total ou parcialmente. Dependendo desse alinhamento, os eclipses fornecem uma visão única e emocionante do Sol ou da Lua.

Um eclipse solar acontece quando a Lua passa entre o Sol e a Terra, projetando uma sombra na Terra que bloqueia total ou parcialmente a luz do Sol em algumas áreas. Isso só acontece ocasionalmente, porque a Lua não orbita exatamente no mesmo plano que o Sol e a Terra. O momento em que eles estão alinhados é conhecido como temporada de eclipses, que acontece duas vezes por ano.

Existem vários tipos de eclipses, a saber:

Eclipse Solar Anular

Um eclipse solar anular acontece quando a Lua passa entre o Sol e a Terra, mas quando está em ou perto de seu ponto mais distante da Terra. Como a Lua está mais distante da Terra, ela parece menor que o Sol e não cobre completamente o Sol. Como resultado, a Lua aparece como um disco escuro em cima de um disco maior e brilhante, criando o que parece ser um anel ao redor da Lua.

O eclipse solar anular de 2023 cruzou o Nordeste do Brasil.

Eclipse Solar Total

Um eclipse solar total acontece quando a Lua passa entre o Sol e a Terra, bloqueando completamente a face do Sol. As pessoas localizadas no centro da sombra da Lua quando ela atingir a Terra experimentarão um eclipse total. O céu escurecerá, como se fosse amanhecer ou entardecer. Se o tempo permitir, as pessoas no caminho de um eclipse solar total podem ver a coroa do Sol, a atmosfera externa, que de outra forma é geralmente obscurecida pela face brilhante do Sol.
Um eclipse solar total é o único tipo de eclipse solar onde os espectadores podem remover momentaneamente seus óculos de eclipse (que não são os mesmos que óculos de sol comuns) pelo breve período em que a Lua está bloqueando completamente o Sol.

Eclipse Solar Parcial

Um eclipse solar parcial acontece quando a Lua passa entre o Sol e a Terra, mas o Sol, a Lua e a Terra não estão perfeitamente alinhados. Apenas uma parte do Sol parecerá estar coberta, dando-lhe uma forma crescente. Durante um eclipse solar total ou anular, pessoas fora da área coberta pela sombra interna da Lua veem um eclipse solar parcial.

Eclipse Solar Híbrido

Como a superfície da Terra é curva, às vezes um eclipse pode mudar entre anular e total à medida que a sombra da Lua se move pelo globo. Isso é chamado de eclipse solar híbrido.

Registros fotográficos da passagem do eclipse por Mossoró

Os registros a seguir foram feitos a partir da janela de meu home office. Utilizei uma câmera Sony DSC-RX100 com filtro Hoya CIR-PL de 49 mm nas imagens diretas do eclipse, com menor exposição possível. As imagens estão em ordem cronológica.

14:55 – Aspecto da cidade antes do início do eclipse. Imagem sem filtro.
15:51 – Comecinho do eclipse.
16:26 – Eclipse em andamento.
16:41 – A Lua quase cobrindo o Sol.
16:48 – O eclipse se aproxima do ápice.
16:55 – O ápice do eclipse: o anel de fogo.
16:55 – A cidade durante o ápice do eclipse. Imagem sem filtro.
17:06 – Final do eclipse, quando a Lua começou a nos apresentar um lindo pôr do sol. Imagem sem filtro.

Fonte de pesquisa: NASA.

Um Feliz 2019 Espacial

Em menos de quatro dias – na virada do ano 2018 para 2019 – três grandes feitos da humanidade foram destaques na exploração espacial: a missão OSIRES-REx, que passou a orbitar o asteroide Bennu, tornando-se a primeira sonda a orbitar tão próximo um objeto tão pequeno como o asteroide; a missão New Horizons, que após 3 anos fazer um brilhante e revelador sobrevoo por Plutão, agora atinge o Ultima Thule, um corpo espacial nos confins do Sistema Solar e que se acredita ser originário dos primeiros momentos do nosso sistema planetário; e por último o inédito feito chinês, que pousou sua sonda Chang’e-4 no lado oculto de nossa Lua, sendo a primeira sonda espacial a pousar no até então inexplorado território lunar.

OSIRIS-REx e o asteroide Bennu: na virada do ano para 2019

Enquanto a humanidade comemorava a virada para o ano novo uma equipe da NASA aguardava ansiosa os dados de telemetria que comprovariam que a nave da missão OSIRIS-REx entrara em órbita do asteroide Bennu, a 110 milhões de quilômetros da Terra, fazendo do asteroide Bennu o menor objeto a ser orbitado por uma nave espacial.

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Figura 1. Asteroide Bennu em rotação capturado pela sonda OSIRIS-REx.

A órbita do OSIRIS-REx marca um salto para a humanidade. Nunca antes uma espaçonave circulou tão perto de um pequeno objeto espacial com suficiente gravidade para manter um veículo em uma órbita estável. A nave espacial circundará Bennu a uma distância de incríveis 1,75 quilômetros (isso é menor que uma pista de pouso de um aeroporto), mais perto do que qualquer outra nave chegou de qualquer objeto de estudo celestial.

Agora que a nave OSIRIS-REx está mais perto de Bennu, detalhes físicos sobre o asteroide serão revelados através de fotografias com melhor resolução e foco mais nítido, tornando a visita da nave espacial a esse monte de escombros de detritos primordial cada vez mais reveladora. Aguardemos.

New Horizons e o Ultima Thule: 1º de janeiro de 2019

A nave da missão New Horizons, que ficou famosa por seu sobrevoo espetacular no planeta-anão Plutão em 2015 – clique aqui e veja meu artigo sobre a passagem da New Horizons por Plutão – realizou mais um feito inédito: realizou com sucesso um sobrevoo num objeto do cinturão de Kuiper – o 2014 MU69, também referido como Ultima Thule – distante a incríveis 6,6 bilhões de km da Terra, já nos confins do Sistema Solar.

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Figura 2. Como o Ultima Thule era visto antes da New Horizons: um pequeno e pálido ponto de luz na imensidão do espaço.

O Ultima Thule tem 32 km de comprimento e leva 295 anos terrestres para dar uma volta no Sol e se tornou, desde o dia 1º de janeiro de 2019, o corpo celeste mais distante já visitado por um artefato humano.

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Figura 3. Ultima Thule fotografado pela New Horizons na madrugada de 1º de janeiro de 2019 (imagem de confirmação, ainda em baixa resolução). Fotos com melhor resolução chegarão em semanas e meses após o sobrevoo.

O Cinturão de Kuiper

É uma região nos confins do Sistema Solar, além da órbita do planeta Netuno, distante entre 30 UA e 50 UA, e contém milhares de pequenos corpos, estes com formação semelhante à dos cometas.

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Figura 4. Aspecto do Sistema Solar e a posição do Ultima Thule, bem além da órbita de Plutão.

Cada UA (Unidade Astronômica) equivale a distância entre a Terra e o Sol, ou seja, 150 milhões de km aproximadamente.

Chang’e-4 e o lado oculto da Lua: 3 de janeiro de 2019

No dia em que publico este artigo, instantes atrás, o programa espacial chinês consegue realizar um feito inédito: pousou, pela primeira vez, uma sonda espacial no lado oculto da Lua.

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Figura 5. Registro inédito do solo do lado oculto da Lua feito pela sonda Chang’e-4 da China no dia 3 de janeiro de 2019.

O lado oculto da Lua é assim chamado por nunca se mostrar visível para nós, a partir da Terra, uma vez que o período do movimento de rotação da Lua é exatamente igual ao seu movimento de revolução (a volta que a Lua dá em torno da Terra).

Devido ao regime fechado do governo chinês, poucas informações são compartilhadas – diferentemente da NASA – e por isso o que se sabe a respeito da missão é que a pioneira, a Chang’e-4 irá realizar estudos de observação astronômica de rádio de baixa frequência, análise de terreno e relevo, detecção de composição mineral, entre outras ações para estudar o meio ambiente no lado oculto da Lua.

De toda forma está de parabéns a China pelo feito inédito, esperando que as descobertas científicas da missão possam ser compartilhadas com cientistas de todo o planeta.

Se depender do ritmo dos 3 dias iniciais, o ano de 2019 promete. Que tenhamos cada vez mais sucesso e avanço na exploração espacial.

Festival de Agosto

Agosto de 2016 foi um mês especial pra quem gosta de observar o céu como eu.  Na verdade, o show começou lá por volta do mês de junho, com o “alinhamento” de nossa Lua com os planetas Saturno e Marte, conforme figura 1, mas teve seu ápice em agosto.

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Figura 1. Alinhamento planetário: Lua – Saturno – Marte, visto a partir do céu de Mossoró, RN, na noite de 19/06/2016.

Durante todo o mês de agosto, sempre a partir do entardecer, os cinco planetas do nosso sistema solar que são visíveis a olho nu estiveram dando um show no céu, chamando a nossa atenção a observa-los sem a necessidade de qualquer equipamento astronômico, como binóculos, lunetas e telescópios, bastando apenas que levantássemos nossa vista para o céu, sempre a partir do pôr do sol, na direção oeste e continuando em direção ao alto do céu.

Estiveram em conjunção planetária – um termo astronômico que significa a máxima aproximação visual entre dois objetos – os planetas Vênus, Júpiter e Mercúrio (aqui elencados em ordem de tamanho aparente) sempre próximos ao horizonte oeste, logo após o pôr do sol, conforme figura 2, e os planetas Marte e Saturno, no alto do céu após o anoitecer, conforme figura 3.  Em diversas oportunidades a nossa Lua apareceu na festa pra abrilhanta-la mais ainda.

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Figura 2. Alinhamento planetário visto no céu de Mossoró, RN, no anoitecer de 06/08/2016.

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Figura 3. Alinhamento dos planetas Marte (ponto mais abrilhante) e Saturno (ponto brilhante no quadrante superior direito), visto no céu de Mossoró, RN, na noite de 21/08/2016.

No entardecer do dia 27/08/2016, um sábado, o espetáculo entre Vênus e Júpiter atingiram o seu ápice, pois estiveram em máxima conjunção – com menos de 1° de arco celeste, dependendo do ponto de vista pode atingir apenas 4 minutos de arco – dando a impressão de estarem coladinhos um no outro, conforme figura 4.

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Figura 4. Panorâmica do anoitecer em Mossoró, RN, em 27/08/2016, quando observa-se claramente a conjunção planetária entre Vênus (ponto mais brilhante e abaixo) e Júpiter, coladinho acima.

Para se ter uma ideia de quanto é pequena essa separação aparente dos dois planetas, o disco lunar ocupa cerca de 30 minutos de arco na esfera celeste.

Nesta data, no entanto, os planetas Vênus e Júpiter estavam, respectivamente, a 230 milhões e 952 milhões de Km de distância da Terra e mais de 700 milhões de Km entre eles, que inclusive ocupam regiões bastante distintas do nosso sistema solar, estando Vênus na região mais próxima do Sol, em relação a Terra, enquanto Júpiter está situado numa região bem distante do Sol, mas que, em virtude de seu tamanho – o maior dos planetas do nosso sistema – pode ser observado facilmente a olho nu.

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Figura 5. Ápice da conjunção planetária entre Vênus e Júpiter (pontos mais brilhantes à direita na imagem). De brinde, o planeta Mercúrio (pequeno ponto na extrema direita da imagem).

Apontando para cima Uma curiosidade a respeito deste fenômeno é que muitos cientistas acreditam que o mesmo ocorreu à época do nascimento de Jesus Cristo, sendo referenciado nos textos sagrados como a famosa “Estrela de Belém” ou “Estrela de Natal” que serviu de guia aos reis Magos.

O espetáculo do “alinhamento” dos cinco planetas visíveis a olho nu começou no mês de junho, esteve presente durante os meses de julho e agosto, e encerrará nos primeiros dias do mês de setembro.

2014: O ano em que voltamos a olhar para o céu

Desde o fim do Projeto Apollo em 1972 – aquele que culminou com a chegada do primeiro ser humano a Lua em 1969 – parece que havia certo conformismo em nos fixarmos nos arredores do nosso planeta. Não quero dizer que isso não foi válido para a humanidade, pois muitas descobertas científicas e astronômicas foram – e estão sendo – realizadas frutos dos projetos espaciais ocorridos nos últimos 40 anos, entre os quais destaco:

· O Skylab (o primeiro laboratório espacial);

· O programa Pionner, que com suas sondas 10 e 11 – originalmente destinadas a explorar Júpiter e Saturno, ao final da missão foram além em busca do espaço profundo;

· As missões Voyager 1 e 2, que se tornaram as primeiras naves espaciais a explorar onde nada da Terra esteve antes – e continuam a viagem que iniciou em 1977 e hoje encontram-se no espaço interestelar, ou seja, numa região do espaço além da interferência do nosso Sol: são os primeiros objetos construídos pelo homem que saíram do nosso sistema solar e continuam enviando dados importantes sobre uma região do espaço desconhecida de nós.

· A era dos Space Shuttle – os ônibus espaciais reaproveitáveis;

· A International Space Station – estação espacial internacional, o maior laboratório espacial do mundo, que realiza várias experiências científicas em baixa gravidade e serve ao propósito científico de vários países;

· O mais poderoso telescópio espacial já construído – o Hubble – que registrou imagens dos momentos iniciais do nosso universo há mais de 13 bilhões de anos atrás, e continua nos fornecendo imagens impressionantes do universo, objeto de inúmeras descobertas e aprendizado;

· O projeto SOHO – Solar Heliospheric Observatory – que é um esforço cooperativo entre a NASA – Agência Espacial Americana – e a ESA – Agência Espacial Europeia, que tem como objetivo estudar a estrutura interna do Sol, sua atmosfera exterior e a origem do vento solar: nosso Sol monitorado 24 horas por dia; entre outros.

Devido às várias interferências ocorridas nos últimos 40 anos no projeto de exploração espacial humana – principalmente as políticas e financeiras – mantivemo-nos em nosso porto seguro – o planeta Terra – enquanto enviávamos nossos artefatos, cada vez mais avançados tecnologicamente, para explorar o Sistema Solar em nosso lugar. Isso não foi bom. Não devíamos ter parado em 1972!

Mas parece que o cenário está mudando. E isso é motivo de comemorar! Estamos, novamente, olhando para o céu e, o que é melhor, ficando novamente ambiciosos: não queremos mais apenas enviar artefatos não tripulados; queremos novamente explorar o nosso sistema solar com a presença humana.

Como bem retratado no filme Interestelar (2014), “a humanidade nasceu na Terra, mas isso nunca significou que estávamos destinados a morrer aqui”, precisamos sair do nosso porto seguro agora, para que no futuro possamos garantir novas moradias para a espécie humana em outros corpos celeste além da Terra, pois o nosso planeta não suportará o crescimento populacional – proporcionando cada vez mais a degradação do planeta – e seus recursos naturais são finitos.

Infelizmente não estamos cuidando bem do nosso lar – a Terra – que por enquanto é o único local conhecido no universo capaz de sustentar a vida como conhecemos. Talvez, com a necessidade de se adaptar a outros mundos hostis à vida aprendamos a respeitar e a conviver de forma harmoniosa com a natureza do nosso universo, pois somos seres integrantes do mesmo.

Com a nossa tecnologia atual não podemos ir além de Marte hoje, mas precisamos dar o segundo passo e ir a Marte o quanto antes, para podemos sonhar em irmos além no futuro. Parece algo ousado demais? Não é!

No início do século passado, ou há cerca de 110 anos, o maior gênio do século XX – Albert Einstein – publicava a Teoria da Relatividade, um dos maiores e principais alicerces da astronomia moderna e base matemática fundamental para as viagens espaciais, sem a qual estaríamos fadados a permanecer no planeta Terra. Pois bem, apenas 64 anos após a publicação da teoria o homem já pisava na superfície lunar – e isso ocorreu com uma nave cujo poder do sistema computacional era bastante inferior ao que temos hoje em nossos computadores pessoais!

Nos últimos anos temos acompanhado o progresso da exploração do nosso sistema solar – só pra falar na NASA – a Agência Espacial Americana – que mantém projetos exploratórios do Sol a Plutão. Mas, sem dúvida, um dos mais importantes é o Mars Exploration Rovers (2004), que num feito ousado e arriscado conseguiu pousar no planeta vermelho os robôs Spirit e Opportunity que desde então tem feito um excelente trabalho de exploração de Marte, base para a futura missão de exploração humana do nosso vizinho planeta.

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Figura 1 – Aspecto dos robôs do projeto Mars Exploration Rovers da NASA em Marte.

Voltando a 2014, vimos o sucesso da missão Rosetta – da ESA – que pela primeira vez pousou um módulo robótico – Philae – na superfície de um cometa – o 67P/Churyumov-Gerasimenko – que viaja entre as órbitas da Terra e Júpiter. Mais um grande feito da genialidade humana, que causou repercussão mundial e que pôde ser assistido ao vivo pela Internet.

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Figura 2 – Módulo Philae da Missão Rosetta no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko

E para coroar 2014 o mais importante evento da retomada humana às viagens espaciais: o teste da nova nave espacial da NASA – a Orion – que no início de dezembro realizou com sucesso sua primeira viagem ao espaço, dando duas voltas na Terra e retornando em seguida, terminando com uma queda suave no Oceano Pacífico. Como primeiro teste, não foi tripulado, mas serviu para verificar o funcionamento dos novos sistemas e instrumentos; o foguete Delta IV, responsável por colocar a nave em órbita; estrutura da cápsula de retorno e vários outros aspectos relacionados a uma viagem espacial. Tudo ocorreu conforme o planejado, o que é muito bom para não atrasar o cronograma de atividades e permitir que até 2021 o homem possa estar pousando num asteroide e a partir de 2030, se tudo correr conforme os planos, no planeta Marte.

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Figura 3 – Foguete Delta IV levando a nave espacial Orion – que levará o homem à Lua e a Marte – para o teste orbital e de pouso.

Alguns dias após o teste da nave Orion a NASA presenteou 2014 com mais um grande feito: o teste de decolagem, navegabilidade e pouso do novo módulo lunar – Morpheus. Isso mesmo! Antes de irmos a Marte, faz parte do plano um pouso na Lua novamente. O teste do módulo lunar foi perfeito: subiu a cerca de 300 metros, sobrevoou uma região próxima à procura de um lugar adequado e pousou suavemente. Tudo isso na gravidade terrestre, que é bem superior à gravidade lunar.

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Figura 4 – Teste de decolagem e pouso do futuro módulo lunar Morpheus.

Sempre fui fascinado com a viagem do homem à Lua e espero ter o privilégio de poder assistir ao vivo o primeiro ser humano pisar na superfície do planeta vermelho, dando início ao processo de colonização de um novo planeta.

Assim como no Natal de 1968 os astronautas da Missão Apollo 8, em órbita lunar, registraram a linda imagem do nosso planeta a partir da Lua (ver figura 5), emocionando o mundo com uma linda oração realizada a patir da órbita de outro corpo celeste, fazendo com que muitos tenham creditado ao feito como o fato que salvou o conturbado ano de 1968, penso que 2014 também se torna um ano para ficar na história. O ano em que uma nova jornada começa a nascer. A jornada que nos levará além de nossa lua.

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Figura 5 – Primeira imagem do planeta Terra registrada a partir da órbita de outro corpo celeste: a nossa Lua, em dezembro de 1968.

É imperativo que a raça humana reinicie a exploração espacial se quiser continuar existindo. A Terra, infelizmente, não durará para sempre. Sequer o nosso Sol durará para sempre. Não devíamos ter parado em 1972, mas é muito bom que tenhamos acordado novamente e voltado a olhar para o céu em 2014.

Conjunção Lua x Vênus x Júpiter

No dia 1º de dezembro de 2008 um lindo fenômeno ocorreu no céu: a conjunção entre a Lua, nosso satélite natural, e os planetas Vênus e Júpiter.   O fenômeno só voltará a acontecer no ano de 2052.

Na noite do fenômeno fui alertado por minha esposa, quando voltávamos pra casa depois do trabalho, que destacou a Lua e mais dois planetas formando uma espécie de triângulo no céu, logo ao anoitecer.

Chegando em casa, peguei minha câmera Sony Cyber-shot DSC-P200, de 7.2 MP e com seu tripé fui até o quintal de minha residência onde pude registrar o fenômeno numa bela foto, apesar do tempo parcialmente nublado naquele início de noite em Mossoró-RN.

A foto em questão foi publicada no site Apolo11.com, especializado em astronomia, e pode ser vista clicando aqui.

Depois do Sol e da Lua, Vênus e Júpiter são os astros que mais brilham em nosso céu.   Na foto, Vênus é visto à esqueda, enquanto Júpiter fica à direita.  Vênus aparenta ter um tamanho maior devido a sua proximidade com o nosso planeta, mas na verdade Júpiter tem cerca de 12 vezes o diâmetro de Vênus.