Montando o Sistema Solar – 2ª Etapa (Fase 9): Plutão

E chegamos a Plutão, o planeta que foi rebaixado à categoria de Planeta-Anão. Com ele, estamos a um passo do último planeta do nosso sistema planetário.

Plutão – o rei do Cinturão de Kuiper *

Plutão foi descoberto após a descoberta de Netuno e, de forma idêntica, através de cálculos matemáticos, pois os cálculos da órbita de Netuno apresentavam pequenas perturbações que só poderiam ser atribuídas a um corpo massivo. Depois da exclusão de Urano do rol de probabilidades, suspeitou-se de outro planeta, mais distante ainda que Netuno.

* Cinturão de Kuiper é uma região do espaço do sistema solar que se estende além de Netuno até cerca de 48 UA – Unidade Astronômica ** – e está repleto de uma miríade de pequenos mundos gelados, entre os quais se destaca Plutão.

** Uma Unidade Astronômica, ou simplesmente UA, é uma convenção astronômica que equivale a distância entre o Sol e a Terra, ou seja, cerca de 150 milhões de quilômetros.

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Figura 1 – Plutão, o planeta rebaixado à categoria de planeta-anão.

Mas como um corpo tão pequeno em relação a Netuno e tão distante poderia influenciar a órbita deste? Devido a excentricidade de sua órbita. De fato a órbita de Plutão é tão peculiar que, mesmo estando bem depois de Netuno – no seu ponto mais distante do Sol pode chegar a uma distância de 7.375 milhões de quilômetros – quando está no ponto mais próximo do Sol essa distância cai para cerca de 4.435 milhões de quilômetros, ou seja, Plutão fica mais próximo do Sol do que mesmo Netuno (ver post anterior).

Plutão possui um diâmetro equatorial de apenas 2.390 Km, ou seja, o planeta-anão Plutão é menor que a nossa Lua e sua massa em relação a Terra é de apenas 0,0021 Terra. Muito pequeno. Mas apesar do tamanho, possui 3 luas conhecidas, sendo Caronte a maior delas.

Plutão possui um período de rotação de 6 dias e 9 horas terrestres, enquanto que seu ano corresponde a 248 anos terrestres. Sua temperatura superficial média é de –230º C – o zero absoluto equivale a –273º C.

O material da nona fase da 2ª etapa

O material é idêntico ao do planeta Netuno, apenas com as engrenagens de variando no número de dentes, devido ao período de translação distinto entre os planetas.

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Figura 2 – material da nona fase.

A montagem de Plutão foi uma das mais rápidas, justamente por se assemelhar a dos planetas anteriores e por não mais sentir a necessidade de seguir as instruções.

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Figura 3 – montagem do eixo central das engrenagens.

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Figura 4 – concluindo a montagem das engrenagens da órbita de Plutão.

A inserção de cada novo planeta no eixo central do planetário dificulta o manuseio na hora da montagem, pois o peso já é considerável e já não há tanto espaço para uma pegada firme e sem risco ao trabalho já realizado, conforme podemos constatar na imagem abaixo.

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Figura 5 – aspecto do eixo central do planetário, com suas engrenagens e braços planetários: dificuldade na montagem de novos planetas.

A seguir, Plutão inserido no braço o aspecto geral do planetário restando agora apenas mais um planeta-anão.

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Figura 6 – Plutão inserido no braço do planetário.

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Figura 7 – aspecto geral do planetário com a inserção de Plutão (mais à direita).

Abaixo o aspecto atual do meu home office, embelezado com o planetário já quase completo! Smiley piscando

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Figura 8 – aspecto do meu home office embelezado com o planetário quase completo.

E por enquanto é só, mas já na expectativa da montagem do último dos planetas do planetário.  Vamos aguardar! Polegar para cima

Montando o Sistema Solar – 2ª Etapa (Fase 8): Netuno

Entramos nas fases finais da montagem do planetário, chegando ao oitavo planeta que assinala o limite exterior do nosso sistema planetário. Embora possua algumas semelhanças com Urano, certas características o convertem em um planeta único.

Netuno – o gigante azul

Netuno é o único planeta que não pode ser localizado a olho nu e que foi descoberto graças ao poder da matemática!

Seu descobrimento é atribuído ao matemático francês Urbain Le Verrier, que calculou sua posição e massa a partir das anomalias causadas na órbita de Urano, que havia sido reconhecido pouco tempo antes.

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Figura 1 – Netuno, o gigante azul.

Netuno, assim como seu vizinho Urano, é um “gigante de gelo”, um planeta de grandes dimensões cujo interior se encontra dominado por uma mistura turbulenta e meio derretida de materiais congelados como água, amoníaco e metano. O núcleo do planeta é uma esfera sólida de gelo e rochas com um tamanho similar ao planeta Terra.  Possui 13 luas conhecidas, mas uma se destaca devido ao tamanho em relação as demais e ao próprio planeta: Tritão.

A distância média em relação ao Sol é de cerca de 4.500 milhões de quilômetros (ou 250 minutos-luz). Sua superfície – comparada a terrestre – é de 15 Terras. Possui um período de rotação (dia) de 16 horas e de translação (ano) de 165 anos terrestres.

O material da oitava fase da 2ª etapa

O material dos planetas exteriores tem sido praticamente os mesmos: engrenagens, eixos, parafusos, etc. iguais aos planetas anteriormente montados.

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Figura 2 – material de montagem da oitava fase da segunda etapa.

Devido ao tempo desde a última montagem, precisei recorrer às instruções. Mas foi suficiente uma passada de olhos apenas, somente para relembrar alguns macetes.

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Figura 3 – aspecto de uma das engrenagens, antes da montagem.

Abaixo, o planeta Netuno na minha mão e depois já inserido no braço do planetário.

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Figura 4 – o planeta Netuno na minha mão.

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Figura 5 – o planeta Netuno (azul, à esquerda) já inserido no braço do planetário ao lado de Urano (turquesa, à direita).

Concluindo mais uma fase da montagem do planetário, a imagem abaixo mostra o aspecto do mesmo após a inserção de Netuno.

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Figura 6 – aspecto do planetário com a inserção de Netuno (planeta mais à esquerda).

Na próxima fase será a vez de Plutão, o planeta rebaixado.

Montando o Sistema Solar – 2ª Etapa (Fase 7): Urano

Vamos seguindo com a montagem do planetário e desta vez chegamos ao sétimo planeta, o primeiro dos gigantes de gelo sistema solar.

Urano – turquesa e inclinado

Devido a sua enorme distância do Sol, Urano foi o primeiro planeta a ser descoberto com a ajuda de um telescópio.  Seu brilho, portanto, está no limite do que pode ser observado a olho nu a partir da Terra.

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Figura 1 – Urano, o planeta cor de turquesa

O traço mais chamativo de Urano é sua inclinação axial muito acentuada.  Diferentemente de outros planetas, como Mercúrio ou Júpiter, que orbitam em torno do Sol quase erguidos, ou apenas inclinados 20º ou 30º, como a Terra e Marte, Urano tem uma inclinação de 98º, deixando o seu polo norte ligeiramente abaixo do plano de sua órbita, ou seja, enquanto os outros planetas giram como piões, Urano parece girar como um bola, tornando o seu ciclo estacional o mais estranho do sistema solar.

Urano tem uma massa, comparada a terrestre, maior em 14,5 vezes.  Seu volume equivale a 63 planetas Terra, possuindo um período de rotação de pouco mais de 17 horas, enquanto que um ano em Urano equivale a 84,32 anos aqui na Terra.

O material da sétima fase da 2ª etapa

O material para a montagem do planeta Urano é basicamente o mesmo do planeta Saturno.

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Figura 2 – O material para montagem.

A montagem das engrenagens dos últimos planetas é bastante semelhante e, por isso, já estou realizando sem mais precisar da orientação do guia de montagem.

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Figura 3 – Montando as engrenagens.

Em detalhe, o planeta Urano e sua cor característica.

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Figura 4 – O planeta Urano já inserido no planetário.

Com o planeta já inserido, resolvi fazer essa imagem com uma vista de cima do planetário, dando pra ver todos os planetas e imaginar suas órbitas, igualzinho como víamos nos antigos livros de geografia no colégio.

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Figura 5 – O planetário visto de cima.  Todos os planetas inseridos até o momento estão visíveis.

Consegue identificar cada um dos planetas?  Se sim, deixa um comentário aqui no final do post! Smiley piscando

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Figura 6 – Aspecto atual do planetário com a inserção do planeta Urano.

Partindo agora para as últimas fases da etapa atual, o planetário já embeleza o meu home office com os vários tamanhos e cores dos planetas do nosso sistema solar.

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Figura 7 – O planetário já compondo a decoração do meu home office.

Mais uma fase cumprida e já com o material da próxima fase, o planeta Netuno, agora é aguardar mais um tempinho para a montagem e apresentação no próximo post.

Montando o Sistema Solar – 2ª Etapa (Fase 6): Saturno

Nem completou um mês desde o último post sobre a montagem do meu sistema planetário e estamos de volta para mostrar como está o conjunto após a inserção de um dos mais belos planetas: Saturno.

Saturno – o senhor dos anéis

O segundo maior planeta do sistema solar se tornou célebre por seus espetaculares anéis e seu grande sistema de satélites.  O planeta possui 60 luas conhecidas!

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Figura 1 – Saturno, seus anéis e algumas de suas luas.

O diâmetro de Saturno é um pouco menor do que o de Júpiter (cerca de 80% do diâmetro de Júpiter), enquanto que seu peso equivale a um terço.  Trata-se, portanto, do planeta menos denso do sistema solar – na verdade, é mais leve do que a água.

Como Júpiter, Saturno é composto em sua maioria por dois gases mais leves, o hidrogênio e o hélio, com traços de outros elementos.  A principal diferença entre os dois mundos está nas baixas temperaturas que ocorrem nesses lugares tão afastados do sistema solar.  Nas regiões superiores de Saturno a temperatura chega aos -153ºC, cerca de 30ºC menos que Júpiter.

Saturno está a 1.433 milhão de km do Sol (79 minutos-luz).  Sua superfície equivale a 83,7 planetas Terra, mas por ter pouca densidade a gravidade comparada com a terrestre é de apenas 0,91.

O material da sexta fase da 2ª etapa

Eis o material para colocar o segundo maior planeta do sistema solar no planetário.

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Figura 2 – Material necessário para a inserção de Saturno no planetário.

Em minhas mãos, o segundo maior dos planetas do sistema solar.

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Figura 3 – Saturno, o segundo maior dos planetas.

As engrenagens dessa fase são praticamente as mesmas da fase anterior, quando Júpiter foi inserido no planetário.

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Figura 4 – Duas das engrenagens necessárias para o cálculo correto da órbita de Saturno.

A dificuldade aumenta apenas no momento de retirar o eixo central para inserção das novas engrenagens, devido ao peso do conjunto que já é considerável para ser manuseado por apenas uma das mãos.

Nesta fase um outro fator de dificuldade foi a necessidade da troca dos pés da base de sustentação, justamente devido ao aumento do peso do conjunto.  Os novos pés possuem uma base de apoio maior que os anteriores.  A retirada dos pés anteriores necessitou do uso de alicate, mas a inserção dos novos foi realizada sem necessidade de qualquer ferramenta.

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Figura 5 – Novos pés de apoio inseridos na base do sistema.  Ao lado, o antigo pé de apoio.

Finalizando, podemos ver o novo aspecto do planetário com a inserção do planeta Saturno.

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Figura 6 – Saturno inserido no planetário.

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Figura 7 – Aspecto final do planetário após a inserção do planeta Saturno.

Concluída mais uma fase, o próximo destino será o planeta de cor turquesa Urano, o primeiro planeta descoberto na era do telescópio.  Vamos aguardar!!! Smiley piscando

Montando o Sistema Solar – 2ª Etapa (Fase 5): Júpiter

Não demorou muito desde o último post e já estamos aqui novamente para mostrar como está o meu sistema planetário com a chegada a Júpiter, o maior dos planetas, dando um novo aspecto visual ao planetário.  Vamos aprender um pouco mais sobre esse grande planeta e na sequência ver como ficou o planetário.

Júpiter – o rei do sistema solar

Batizado em homenagem ao rei dos deuses, Júpiter é o planeta de maio dimensão do sistema solar, a ponto de poder conter todos os demais planetas em seu interior!

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Figura 1 – Júpiter é o primeiro de todos os gigantes gasosos e o terceiro objeto mais brilhante que pode ser avistado no céu noturno.

Júpiter é tão grande que sua massa equivale a 318 planetas Terra.

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Figura 2 – A superfície de Júpiter equivale a 122 planetas Terra.

Júpiter está numa órbita com distância média de 778 milhões de quilômetros do Sol (43 minutos-luz), tem um dia cerca de 10 horas e um ano que equivale a 12 anos terrestres.  A temperatura de Júpiter na alta atmosfera é de cerca de –110º C.

Um gigante muito veloz

Atualmente sabe-se que Júpiter é uma enorme massa de hidrogênio e hélio liquefeitos, nos quais se notam traços de outros elementos e compostos químicos de diversas tonalidades que criam as camadas de nuvens das regiões superiores da atmosfera.  No centro talvez se encontre um sólido núcleo rochoso do tamanho da Terra, embora os cientistas estejam muito longe de ter certeza disso.

O planeta gira sobre seu eixo em cerca de 10 horas e por isso conta com o dia e a noite mais curtos de todo o sistema solar.

Júpiter tem 63 luas conhecidas e as mais famosas – as luas galileanas – são as quatro maiores que foram descobertas por Galileu Galilei, mostradas na figura 3.

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Figura 3 – Júpiter e as Luas de Galileu, que são: Io, Europa, Ganimedes e Calisto (de cima para baixo).

O material da quinta fase da 2ª etapa

E mãos à obra. Com o material necessário à mesa iniciei a montagem das engrenagens para colocar o maior planeta do sistema solar no planetário.

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Figura 3 – O material necessário para a inserção de Júpiter no sistema planetário.

Não deixo de me impressionar com a qualidade do material do planetário.  Como é importado da Inglaterra, fico imaginando a qualidade dos produtos que são vendidos por lá e o respeito com o consumidor.  Repare na qualidade do produto no detalhe da figura 4. De parabéns o fabricante. Polegar para cima

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Figura 4 – Júpiter e as luas galileanas na minha mão: qualidade e realismo nos detalhes da superfície do planeta, pintada à mão!

Como as engrenagens de suporte a Júpiter são praticamente iguais ao do planeta anão Ceres (post anterior), não incluirei as fotos das mesmas aqui e já mostrarei diretamente Júpiter inserido no planetário, conforme figura 5 a seguir.

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Figura 5 – Aspecto de Júpiter e suas principais luas inseridos no planetário: detalhe para a famosa mancha de Júpiter, uma tempestade que dura séculos e é maior que a Terra.

Na figura a seguir mostrarei como ficou o sistema de engrenagens dos seis planetas já inseridos no planetário.  Tá ficando complexa – e pesada – a coisa toda! Smiley surpreso

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Figura 6 – Engrenagens de suporte aos planetas: outro número igual de engrenagens ainda serão inseridas até a conclusão.

Finalizando, o aspecto geral do planetário após a inserção de Júpiter, que deu um novo e belo aspecto visual ao conjunto.

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Figura 7 – Aspecto geral do planetário após a inserção de Júpiter: no visual, todos os demais planetas com destaque para a inconfundível e boa Terra.

Concluída mais uma fase, o próximo destino será o planeta Saturno, outro gigante gasoso,  e seus famosos anéis.  Vamos aguardar!!! Smiley nerd